segunda-feira, 12 de julho de 2010

Confissões de Agostinho

Quem me fará descansar em ti? Quem fará com que venhas ao meu coração e o inebries a ponto de eu esquecer os meus males, e me abraçar a ti, meu único bem? Que és para mim? Tem misericórdia, para que eu fale. Que sou eu aos teus olhos, para que me ordenes amar-te e, se eu não o fizer, te indignares (2) e me ameaçares com imensas desventuras? Como se o não te amar já fosse desgraça pequena! Dize-me, por compaixão, Senhor meu Deus, o que é tu para mim? Dize à minha alma: Eu sou a tua salvação. Dize de forma que eu te escute. Os ouvidos do meu coração estão diante de tu, Senhor; abre-os e dize à minha alma: Eu sou a tua salvação. Correrei atrás destas palavras e te segurarei. Não escondas de mim a tua face: que eu morra para contemplá-la e para não morrer!
Minha alma é morada muito estreita para te receber: será alargada por ti, Senhor. Está em ruínas: restaura-a! Ela tem coisas que ofendem aos teus olhos: eu o sei e confesso. Mas quem pode purificá-la? A quem, senão a ti, eu clamarei: Purifica-me, Senhor, dos pecados ocultos, e perdoa a teu servo as culpas alheias?  Creio, e por isso falo, Senhor: tu o sabes. Não te confessei contra mim as minhas faltas, meu Deus, e não perdoaste a maldade do meu coração? Não discuto contigo , que és a verdade, e não quero enganar a mim mesmo, para que a minha iniqüidade não minta a si mesmo. Não discuto contigo porque, se te lembrares de nossos pecados, Senhor, quem suportará teu olhar?

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