Você se esforça, corre, se dedica, ama. Dizem-lhe para não esperar recompensas, mas, em sua humanidade, você almeja algum pequeno lugar de reconhecimento.
Você cria laços, expectativas, abre seu coração, decide aprofundar suas raízes. E, de repente, se decepciona. Dizem-lhe que isso é do processo, mas você chora, porque a utopia é uma coisa difícil de se abrir mão.
Você não se conforma com a realidade, um mundo novo é possível. Você resiste, persiste, insiste, investe. De vez em quando, você se cansa. Quer desanimar.
Nessas horas, é preciso uma palmeira de Débora, uma árvore de Natanael, uma sombra do Altíssimo. O jeito é parar mesmo, lembrar do que te motivava na primeira vez. Resgatar aquele cheiro de novidade, aquela vontade de entrega, aquele desejo de amar. Aquele lugar misterioso em Deus, onde as coisas encontram sua verdadeira razão de ser.
Aquele que vê em secreto é o único que pode te recompensar. Ele cura suas feridas de alma, ele lhe faz redescobrir seu valor, ele te aconchega. Então, mesmo que esteja sendo difícil, não reclame. Isso é para os que não estão fazendo nada e, por isso, olham para todos os lados e veem defeitos em cada detalhe. Quem tem foco talvez não consiga ver tudo, mas a clareza para o que é importante nesse momento, do passo decisivo rumo ao alvo, não lhe falta.
Persista.
Silencie.
De vez em quando, sem culpa, pare.
Respire fundo.
Siga acreditando.
Volte a ser criança.
Aninhe-se nos braços do Pai que abraça com delicadeza de Mãe, que ouve com ouvidos de Amigo e tem o poder de Senhor. Não procure grandes coisas, nem grandes reconhecimentos. Se eles vierem, não valerão mesmo a pena. Quem os ganha em geral são os bajuladores, os vira-casaca, os descomprometidos, os autossuficientes.
No Reino, tudo o que vale a pena é pequeno, quase invisível aos olhos. No Reino, são sementes, passarinhos, ovelhas. Às vezes pregos, espinhos, quase sempre cruz, mas também ressurreição, esperança, canto e dança. Agora durma, descanse. Ele está vigilante, ele não cochila. E quando acordar, aceite o alimento dele. Ainda há quarenta dias de deserto para andar, mas ainda resta um repouso. É a dialética do Reino. Nada ter e possuir tudo. Entre o inviável, o inacreditável e o impossível. Na tensão do cabo de guerra todos os dias.
Por isso mesmo, não se apresse demais, não perca o rumo. Se hoje for preciso, apenas pare, pare à sombra. E espere um pouco mais.
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Mensagem maravilhosa, inspirada por Deus.
ResponderExcluirMuito obrigado!
Disponha! Vamos trocando nossas figurinhas... Saiba que tenho você em grande admiração e estima desde sempre. Abraço!
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