Porém as mãos de Moisés eram pesadas, por isso tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela; e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pôs. (Êxodo 17:12)
Manter as mãos erguidas é uma tarefa pesada para o líder. Ter de estar disposto a abençoar o tempo todo, a atender as demandas, a interceder pelos problemas. Pode ser fatigante. É preciso haver quem lhe sustente as mãos. Ao longo da minha vida, tenho encontrado pessoas que fazem este discreto e silencioso trabalho na minha vida. Meus pais estão entre eles. Sei que sustentam minhas mãos enquanto oram por mim. Pessoas a quem recorro em busca de conselho e amparo sustentam minhas mãos enquanto apontam minhas falhas ou ministram conselhos. Minha família sustenta minhas mãos enquanto aguenta minhas lamúrias e dores. Meus amigos e amigas sustentam minhas mãos em conversas leves à roda da mesa. E até quem nem parece que sustenta o faz: uma poesia que leio, uma música que escuto, uma frase inspiradora. As mãos de Moisés eram pesadas. Mas minhas também são. Reconhecer que não posso mantê-las erguidas sozinha é uma confissão libertadora. Hoje, não tenho de dar conta de tudo por mim mesma. Hoje, pedirei ajuda assim que precisar. O sol ainda não se pôs e preciso que minhas mãos estejam firmes. Amanhã talvez seja tempo de eu segurar as mãos de outra pessoa. Lado a lado estaremos, nos revezando nisso, até que o sol se ponha, a vitória necessária chegue e possamos dormir em paz.
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