sábado, 30 de junho de 2012
CESE acata filiação de batistas
http://www.alcnoticias.net/interior.php?lang=689&codigo=22197
"CESE acata filiação de batistas"
Fiquei pensando muito antes de colocar este post e o faço por uma questão de consciência, por entender que muita gente boa está por aqui refletindo também e, afinal, tornou-se um fórum interessante. Eu tenho muitas das questões dos grupos antiecumênicos que me inquietam e angustiam igualmente. Acho que existe muita mistura e muita coisa complicada (deve ser porque tem gente nisso...) e a reflexão deve ser mesmo muito calma, sem os rompantes da emoção, do partidarismo e da politicagem religiosa (infelizmente inegável).
Mas quando grupos batistas, marcadamente antiecumênicos em muitos lugares, começam a trilhar o caminho na direção oposta à que nós, metodistas, tomamos no último concílio geral, a pergunta que me vem é: O que as pessoas estão vendo que nós deixamos de ver? Que valores estão diante de nós, de verdade?
É fato que as ovelhas devem seguir seus pastores (pastores segundo o coração de Deus, pastoras assim também). E sermos segundo o coração de Deus minimiza nossos equívocos, é claro, embora vários deles persistam por conta da pecaminosidade que nos limita e assola. Eu sempre peço a Deus apenas para não me deixar errar de propósito e, por isso, estou sempre pronta a mudar de opinião, se for devidamente convencida. E eu confesso que, nessas questões, tendo a ficar sempre do lado da vida, do contato, do convívio, da oportunidade de ser uma voz onde alguns se calam. Fica aí a notícia, no link copiado, pra quem não leu. E reafirmo... eu não sei de nada não, gente, eu estou no caminho, estou aprendendo... E por isso faço parte da ALC, esse monte de gente, que serve a Deus de todos os jeitos e em várias línguas e dialetos pela América Latina, onde Deus vem ao encontro da gente de pé no chão...
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Eu tenho um amigo que me ama...
Quando eu era criança, cantava um cântico com a letra assim: "Eu tenho um amigo que me ama, que me ama, que me ama. Eu tenho um amigo que me ama. Seu nome é Jesus. Que me ama, que me ama, que me ama com eterno amor". Como é interessante a tríplice afirmação do amor nesse cântico! Será que a pessoa que escreveu estava pensando na trindade? Mistérios...
Mas não sei por que, dizem que três é número de forca. Acho que porque uma coisa três vezes dita, ou fica clara ou nunca é absorvida. E eu tenho de entender melhor isso do amor de Deus.
Sim, Deus me ama incondicionalmente. Isso não significa, porém, que eu posso fazer e agir de acordo com o que me der na ideia. O amor de Deus não muda, mas sua justiça não deixa passar a minha injustiça. Como pai amoroso que é, Ele vai dar um jeito de me mostrar que as coisas não irão terminar bem se eu seguir fazendo do meu jeito. E até acredito, do fundo do coração, que Deus não precisa mesmo castigar ninguém. As consequências de nosso erro a gente colhe sozinho mesmo... não se pode andar à beira do precipício indefinidamente. Uma hora a gente escorrega, se escorregar cai. Se cair, machuca...
Sim, o amor de Deus é grande, infinito. Mas só porque a gente tem as coisas em grande quantidade, isso não significa que podemos desperdiçar. Não é por causa do amor de Deus, é por nossa causa. Ele não tem limites, mas nós precisamos ter. Sem disciplina, nos perdemos. Nossa megalomania nos impede de enxergar nossa pequenez, enquanto o altruísmo divino o incentiva a refletir-se até mesmo nas pequenas coisas...
Sim, Deus é meu amigo. Um amigo de verdade, que me fala o que os outros somente dizem pelas costas. Ele não tem medo de me confrontar, porque sua intenção é para o meu bem e eu sei disso. Sei porque ele se deixa conhecer. Porque ele odeia a hipocrisia. Porque ele prefere que eu o ame pelo que ele é, não pelo que parece ser. Porque ele me permite aborrecer-me com seus designíos, já que leva em conta minha limitada capacidade de entendimento. E me perdoa quando me equivoco, porque ele sabe que eu sou, de fato, uma ovelha. Não enxergo um palmo a frente do nariz, embora me considere visionária. Sim, ele é meu amigo. E vai até às últimas consequências para me mostrar isso. Só não permite que eu desvalorize esse sentimento: eu sou amiga dele quando faço o que ele manda. E ponto final...
Ele me ama, me ama, me ama... apesar de tanta insistência, por que às vezes eu esqueço disso? Por que não posso corresponder, amando a ele sobre todas as coisas, amando as coisas que ele fez e amando as pessoas, que são à sua imagem e semelhança? Sim, ele é meu amigo. Eu é que preciso me esforçar, a cada dia, para ser a amiga que ele merece. Sim... ele merece...
Mas não sei por que, dizem que três é número de forca. Acho que porque uma coisa três vezes dita, ou fica clara ou nunca é absorvida. E eu tenho de entender melhor isso do amor de Deus.
Sim, Deus me ama incondicionalmente. Isso não significa, porém, que eu posso fazer e agir de acordo com o que me der na ideia. O amor de Deus não muda, mas sua justiça não deixa passar a minha injustiça. Como pai amoroso que é, Ele vai dar um jeito de me mostrar que as coisas não irão terminar bem se eu seguir fazendo do meu jeito. E até acredito, do fundo do coração, que Deus não precisa mesmo castigar ninguém. As consequências de nosso erro a gente colhe sozinho mesmo... não se pode andar à beira do precipício indefinidamente. Uma hora a gente escorrega, se escorregar cai. Se cair, machuca...
Sim, o amor de Deus é grande, infinito. Mas só porque a gente tem as coisas em grande quantidade, isso não significa que podemos desperdiçar. Não é por causa do amor de Deus, é por nossa causa. Ele não tem limites, mas nós precisamos ter. Sem disciplina, nos perdemos. Nossa megalomania nos impede de enxergar nossa pequenez, enquanto o altruísmo divino o incentiva a refletir-se até mesmo nas pequenas coisas...
Sim, Deus é meu amigo. Um amigo de verdade, que me fala o que os outros somente dizem pelas costas. Ele não tem medo de me confrontar, porque sua intenção é para o meu bem e eu sei disso. Sei porque ele se deixa conhecer. Porque ele odeia a hipocrisia. Porque ele prefere que eu o ame pelo que ele é, não pelo que parece ser. Porque ele me permite aborrecer-me com seus designíos, já que leva em conta minha limitada capacidade de entendimento. E me perdoa quando me equivoco, porque ele sabe que eu sou, de fato, uma ovelha. Não enxergo um palmo a frente do nariz, embora me considere visionária. Sim, ele é meu amigo. E vai até às últimas consequências para me mostrar isso. Só não permite que eu desvalorize esse sentimento: eu sou amiga dele quando faço o que ele manda. E ponto final...
Ele me ama, me ama, me ama... apesar de tanta insistência, por que às vezes eu esqueço disso? Por que não posso corresponder, amando a ele sobre todas as coisas, amando as coisas que ele fez e amando as pessoas, que são à sua imagem e semelhança? Sim, ele é meu amigo. Eu é que preciso me esforçar, a cada dia, para ser a amiga que ele merece. Sim... ele merece...
segunda-feira, 25 de junho de 2012
As obras magníficas de Deus (Salmo 111)
Para tudo o que existe e no que nos empenhamos a realizar, o Senhor é nosso
modelo, nosso padrão. Que texto poderia nos inspirar a buscar os fundamentos
pelos quais Deus constrói Sua obra ao longo da história?
Pesquisando um pouco, me deparei
com o Salmo 111. O salmista fala sobre as realizações de Deus; é um texto
bastante genérico, mas a forma como ele utiliza os adjetivos me chamou à
atenção. Assim, fiquei inspirada a refletir sobre o “como” da edificação e não
particularmente sobre “o que” construir... Quero destacar esses adjetivos e
refletir sobre o processo de construção de nossos projetos, planos, enfim, a
construção de nossa vida à luz do modelo divino.
Inicialmente, o Salmo nos dá uma
noção de que a obra deve ser inteira. Prova disso é o fato de que o texto, em
seu original, trata-se de um acróstico. Cada letra do alfabeto hebraico é usada
para iniciar um versículo (cf. Bíblia de Jerusalém, TEB). Temos de entender
que, se queremos seguir a Deus de modo integral, nossa edificação jamais pode
ficar pela metade (Hb 10.38; Lc 14.28-30)!
Grandes são as obras do Senhor, dignas de estudo para quem as ama (v.2)
A TEB e a Bíblia de Jerusalém dão a
este versículo uma tradução muito rica. A versão do Almeida não nos deixa
perceber claramente esta característica, ao utilizar o termo “consideradas”.
Levar em consideração, em português, não tem o mesmo peso de “estudar”. A ideia
aqui presente é que aquilo que Deus edifica deve ser objeto não apenas de
contemplação ou consideração, mas de estudo. Aquilo que Deus constrói se torna
uma fonte de conhecimento. Como exemplo disso, vemos que até hoje os homens e
mulheres de Deus do passado têm suas vidas revisitadas pelas pessoas que atuam
como evangelistas, pregadoras, missionárias e que querem ter um exemplo de
paixão missionária a seguir. Um problema de nosso tempo tem sido este: as
nossas obras não têm sido objeto de estudo; são coisas de mídia, que passam;
uma vez pronunciado um sermão, ele é esquecido. Uma vez realizado um projeto,
ele é abandonado. Quando Deus faz alguma coisa, isso permanece como fonte de
conhecimento, de análise, de observação. Mas não por qualquer um, senão por
aquele alguém que as ama. Construa sua vida de modo a gerar interesse e amor
nas pessoas ao seu redor. Se sua vida é uma fonte de conhecimento de Deus para
os outros irmãos e irmãs, para as pessoas em geral, você está no caminho
certo... o da imitação do Pai.
Ele quis que seus milagres fossem lembrados (v. 4)
Assim a TEB traduz este versículo.
A Bíblia de Jerusalém afirma: “Ele deixou um memorial de suas maravilhas” e a
Almeida traz: “Ele fez memoráveis as suas maravilhas”. Como já mencionei, o
mundo de hoje, com sua tecnologia e ênfase na novidade, tem enfatizado o
descartável e a transitoriedade. Tudo passa e é esquecido. Mas o povo de Deus
não deve ceder a essa tentação. Imitando o Pai, devemos trabalhar de modo a que
nossos projetos possam ter um significado a mais e se tornem dignos de serem
lembrados. As raízes, fundamentos, bases, enfim, aquilo que dá sustentação aos
projetos de Deus são coisas eternas, perenes. Deus não atua na base de
modismos, nem seu povo o deve fazer. Não se trata, obviamente, de métodos ou
estratégias. Esses, sim, podem mudar de modo a falar com as novas demandas; mas
aquilo que faz Deus ser Deus não muda: Ele é o mesmo (Hb 13.8; Lc 13.28). Os
valores que você vem construindo ao longo de sua vida têm sido dignos de serem
lembrados? Ou você os muda constantemente? Possuem fundamento ou se alternam
conforme as circunstâncias?
Justiça e verdade são as obras de suas mãos (v.7)
No Dicionário Houaiss da Língua
Portuguesa, temos: "Justiça é o caráter, qualidade do que está em
conformidade com o que é direito com o que é justo; princípio moral em nome do
qual o direito deve ser respeitado". O prof. Tércio Machado Siqueira, em
estudo publicado no site da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista, afirma o
seguinte: “O livro de Salmos possui a maior ocorrência, de toda Bíblia, dos
termos ‘justiça’ e ‘direito’. Em se tratando do hinário do Templo, usado nas
celebrações comunitárias, é surpreendente esta constatação. O culto, no AT,
estava intensamente preocupado com a justiça. Os salmos bíblicos mostram
inúmeros exemplos de como o povo bíblico entendia a ‘justiça’. É importante
notar que as palavras ‘justiça’ e ‘direito’ estão sempre próximas dos termos ‘amor’,
‘bondade’, ‘fé/fidelidade’, ‘paz’ entre outras”.
Assim, o termo “justiça” não tem a
ver com legalidade, tribunal, punição, mas com o viver correto, decisões
baseadas no amor, na fidelidade. Por isso, logo a seguir no Salmo 111, temos
uma fala acerca da aliança. Vivemos num mundo em que a edificação das carreiras
das pessoas tem se estabelecido sobre alianças espúrias, corrupção, venda de
influências, pisando por cima dos menos favorecidos e enfatizando o sucesso
pessoal como critério para o reconhecimento das pessoas. Mas as obras de Deus
se baseiam na justiça e na verdade. É esta base que lhe permite estabelecer a
aliança com seu povo: Ele é bom e confiável! Como as pessoas se sentem no
relacionamento com você? Elas podem confiar em você? Você atende com fidelidade
aos seus compromissos? Cumpre seus votos? Hoje é uma oportunidade de
autoanálise para todos nós!
O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (v.10)
Você quer edificar seus projetos,
sonhos e ideais de modo a que eles permaneçam, que sejam dignos de estudo,
provedores de conhecimento, baseados na verdade e na justiça? Tema a Deus!
Muita gente tem desqualificado o temor do Senhor nos dias de hoje. A equivocada
ênfase no amor de Deus tem tirado nossa capacidade de perceber que temer ao
Senhor é fundamental. Não se trata de um medo paralisante, porém. Trata-se,
principalmente, do temor respeitoso, do medo de magoar. Temos de ter em mente
que entristecer ao Senhor com a forma como conduzimos nossa vida é falta de
sabedoria. Preocupar-nos com o que Deus pensa, examinarmos as Escrituras em
busca de sua vontade, exercitar a oração e a indagação constante por seu querer
é adquirir o que o salmista chama de “bom senso” ou “prudência”. E a pessoa
prudente garante sucesso em seus objetivos. Aquilo que ela faz, prospera.
Conclusão
Imitemos o Senhor nosso Deus!
Quando ele faz alguma coisa, ele a faz de modo que ela produza conhecimento, seja
permanente, calcada na justiça e no direito. É nosso dever, frente a essa
postura de Deus, agir com temor, para construir com prudência e bom senso! Só
assim, seremos como o Pai, cujas obras “duram para sempre”!
Referências:
Bíblia TEB, São Paulo, Loyola,
1994.
Bíblia de Jerusalém, São Paulo, Paulus,
2003.
SIQUEIRA, Tércio Machado.
Disponível em: http://www.metodista.br/fateo/materiais-de-apoio/estudos-biblicos/deixa-estar-por-enquanto-porque-assim-nos-convem-cumprir-toda-a-justica,
acesso em 24, fev., 2012.
terça-feira, 5 de junho de 2012
Sobre o perdão
Finalmente, tenho aprendido. Perdoar é uma disposição. E se eu quiser ser como Tu és, tenho de aprender a perdoar pronta e rapidamente (Salmo 86.5). Isso não significa que irei esquecer. Como poderia? Mas significa que olharei a pessoa por trás do ato, sempre a pessoa primeiro e não seu ato, até que consiga ver somente a pessoa e ignorar o ato.
Tenho aprendido que minhas emoções não determinam o nível do meu perdão. O que eu perdoei reside no pensamento e na atitude, mesmo que as emoções me traiam. Posso chorar sobre o que aconteceu e sentir pesadamente a dor que me foi infligida, mas não posso voltar atrás na decisão - racional e espiritual - de perdoar.
Tenho aprendido que as memórias tendem a tornar-se mais amenas se eu não focar nelas minha atenção. Posso olhar para o passado sem medo se aprender que ele passou. E se algo se repetir no futuro, terei de renovar minha disposição de seguir olhando adiante. Se é assim que fazes, e dos meus pecados não te lembras, não é porque esqueceste, mas porque te recusas a repensar. Devo fazer o mesmo.
Devo acreditar em mim mesma e também no próximo. Embora alguém possa ferir-me de propósito, devo acreditar que não é assim a maioria das vezes. Que as pessoas simplesmente são frágeis e se equivocam. Que ninguém, de bom grado, ofenderia o outro. E se alguém o faz, é responsabilidade dele sua maldade, não minha. Não posso viver tão prevenida que perca a oportunidade de um encontro genuíno com alguém só porque fui ferida uma vez antes...
Tenho aprendido que quem perdoa é livre. Quem retém o perdão torna-se servo de quem o feriu. Quem perdoa é livre para seguir adiante. Tenho aprendido. Espero poder praticar.
Tenho aprendido que minhas emoções não determinam o nível do meu perdão. O que eu perdoei reside no pensamento e na atitude, mesmo que as emoções me traiam. Posso chorar sobre o que aconteceu e sentir pesadamente a dor que me foi infligida, mas não posso voltar atrás na decisão - racional e espiritual - de perdoar.
Tenho aprendido que as memórias tendem a tornar-se mais amenas se eu não focar nelas minha atenção. Posso olhar para o passado sem medo se aprender que ele passou. E se algo se repetir no futuro, terei de renovar minha disposição de seguir olhando adiante. Se é assim que fazes, e dos meus pecados não te lembras, não é porque esqueceste, mas porque te recusas a repensar. Devo fazer o mesmo.
Devo acreditar em mim mesma e também no próximo. Embora alguém possa ferir-me de propósito, devo acreditar que não é assim a maioria das vezes. Que as pessoas simplesmente são frágeis e se equivocam. Que ninguém, de bom grado, ofenderia o outro. E se alguém o faz, é responsabilidade dele sua maldade, não minha. Não posso viver tão prevenida que perca a oportunidade de um encontro genuíno com alguém só porque fui ferida uma vez antes...
Tenho aprendido que quem perdoa é livre. Quem retém o perdão torna-se servo de quem o feriu. Quem perdoa é livre para seguir adiante. Tenho aprendido. Espero poder praticar.
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