Dias desses, o marido queimou os dedos da mão direita numa solda,
ajudando o irmão a fazer umas estruturas metálicas durante as férias.
Dedos inchados e feridos, não restou alternativa senão cortar a aliança.
(Deixo de lado que o corte da aliança ocorreu no dia do aniversário de
casamento, para não dar margem aos maus agouros). Aliança partida,
trata-se logo de restaurar, que o hábito faz os dedos se sentirem nus
sem ela... E depois de um pouquinho mais de ouro (que os dedos mudaram
ao longo dos 14 anos de nubência), eis a aliança nova, que ninguém diz
ter sido partida. E nova mesmo: tão brilhante que a minha sentiu inveja e
pediu pra ser polida também. Alianças novas nos dedos experientes
(rs!), toca a vida seguindo adiante. Eis que hoje olhei para a mão e
percebi, novamente, o ouro com pequenas ranhuras do contato constante
com as coisas. Daqui a pouco o brilho se perde de novo, quem sabe mais
um tempo e a gente resolve polir outra vez. Mas duas coisas fiquei
matutando: que os relacionamentos que valem a pena, mesmo quando perdem o
brilho não perdem o valor. Ouro não vale menos por estar arranhado -
assim devem ser as pessoas, os valores, as tradições que movem a vida,
os sentimentos mais profundos. E a segunda lição: que nossos olhos se
acostumam, então é bom polir pessoas, relacionamentos e valores de vez
em quando, pra lembrar o valor das coisas que se nos tornaram comuns,
para que elas rebrilhem diante de nós, trazendo recordações dos
primeiros tempos, da longa jornada e do que temos até aqui. E de repente
eu vi, num acontecimento cotidiano, uma oportunidade de fazer parábola.
É que, aos trancos e barrancos, sigo tentando imitar o Mestre, um
artista contador de histórias. Quem tiver ouvidos para ouvir e se
estiver a fim de fazê-lo, ouça... rs...
Dias desses, o marido queimou os dedos da mão direita numa solda, ajudando o irmão a fazer umas estruturas metálicas durante as férias. Dedos inchados e feridos, não restou alternativa senão cortar a aliança. (Deixo de lado que o corte da aliança ocorreu no dia do aniversário de casamento, para não dar margem aos maus agouros). Aliança partida, trata-se logo de restaurar, que o hábito faz os dedos se sentirem nus sem ela... E depois de um pouquinho mais de ouro (que os dedos mudaram ao longo dos 14 anos de nubência), eis a aliança nova, que ninguém diz ter sido partida. E nova mesmo: tão brilhante que a minha sentiu inveja e pediu pra ser polida também. Alianças novas nos dedos experientes (rs!), toca a vida seguindo adiante. Eis que hoje olhei para a mão e percebi, novamente, o ouro com pequenas ranhuras do contato constante com as coisas. Daqui a pouco o brilho se perde de novo, quem sabe mais um tempo e a gente resolve polir outra vez. Mas duas coisas fiquei matutando: que os relacionamentos que valem a pena, mesmo quando perdem o brilho não perdem o valor. Ouro não vale menos por estar arranhado - assim devem ser as pessoas, os valores, as tradições que movem a vida, os sentimentos mais profundos. E a segunda lição: que nossos olhos se acostumam, então é bom polir pessoas, relacionamentos e valores de vez em quando, pra lembrar o valor das coisas que se nos tornaram comuns, para que elas rebrilhem diante de nós, trazendo recordações dos primeiros tempos, da longa jornada e do que temos até aqui. E de repente eu vi, num acontecimento cotidiano, uma oportunidade de fazer parábola. É que, aos trancos e barrancos, sigo tentando imitar o Mestre, um artista contador de histórias. Quem tiver ouvidos para ouvir e se estiver a fim de fazê-lo, ouça... rs...
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