terça-feira, 30 de junho de 2009

Não basta dizer: "Eu te amo"

"O cara diz que te ama, então tá! Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas.
Mas ouvir que é amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de quilômetros.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
Sentir-se amado, é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você quando for preciso.
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou há dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão....
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!"
(segundo dizem, este texto é de Arnaldo Jabour)

Lendo este texto, comecei a pensar em quantas vezes o coração da gente, nesses dias sombrios, pode ficar dolorido e decepcionado. Já aconteceu antes, pode acontecer de novo. As pessoas precisam aprender com Jesus a agir mais e às vezes falar menos. Até para Deus dizemos "Eu te amo" e ficamos constantemente só nas palavras. Voltamos aos antigos pecados, cometemos novamente os mesmos erros e esperamos que isso não vá pesar na relação. Mas pesa - e como!

A confiança quebrada não se refaz de um dia para o outro - requer mudanças profundas de atitude, de vida. Requer abnegação, requer transformação. Não basta apenas dizer e às vezes nem fazer - é preciso ser. Nem mesmo Deus há de perdoar para sempre. Um dia, chega a hora do enfrentamento, de pôr um ponto final nos desencontros e enganos. Por isso, Jesus falou que no dia do juízo ia aparecer muita gente dizendo que fez e falou, etc. Mesmo assim, não teve lugar no Reino. Fez e falou, mas não era...

Depois de algum tempo, as palavras não sustentam mais. Por isso, ouça meu conselho: nunca parta o coração de alguém sabendo o que você está fazendo. Pode ser que não haja remédio que o cure, nem tratamento que o melhore... E ninguém consegue viver para sempre com dor... Nesses dias de violência, dor e solidão, cuide bem do seu amor... Seja amor de cônjuge, seja amor de amigo, seja amor de irmão. Amores que surgem no convívio da fé, da profissão, do coleguismo. Não superestime o amor, não exija demais, não abuse. Ele é um tesouro tão precioso quanto raro. A qualquer momento, pode ser tarde demais. Esaú nos deixa essa amarga lição: não encontrou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado...

Esses dias, conversando com um amigo, eu disse a ele de minha tristeza ao perceber que, na dada situação, não estávamos nos sentindo amados. Coisa dura é sentir-se usado! Perceber o menosprezo quando tudo o que você queria era sentir-se amado! Não importam os conflitos que a gente venha a viver, desde que possa confiar no amor esperado, que o outro de fato nos aceite, como Cristo fez! Sem isso, passamos o tempo em obrigações, sem a alegria no olhar, sem pretensão de um futuro melhor, porque o desapontamento nos faz olhar sempre para baixo.

É bobagem a gente dizer que não espera reconhecimento. Podemos até não viver em função disso, nem ser egocêntricos no que fazemos, mas esperamos o elogio, o incentivo - não por si mesmos, mas porque eles são demonstração de amor, de acolhida, de que o outro nos vê e nos percebe. O aluno quer isso do professor; o pastor quer isso da ovelha, a ovelha quer isso do pastor; o professor quer isso do aluno e da escola na qual trabalha. Eu quero isso da minha igreja, dos meus líderes e dos meus liderados. Quero isso no exercício da minha profissão. Quero isso dentro da minha casa. Na verdade, gostaria mesmo de ter isso do mundo... Você, não?

O consolo de Deus - Isaías 35.1-8

Tenho dito a Deus que estou cansada de ficar triste. Há muitos motivos hoje para chorar. Certamente, cada pessoa que me ouvir ou que ler este texto vai pensar a mesma coisa. Contas inesperadas, enfermidades na família, mortes de pessoas queridas. Um acidente de avião no qual morrem mais de uma centena de pessoas. Vizinhos que se atracam com violência por causa de um muro ou de um aparelho de som muito alto. Coisas inexplicáveis que nos deixam entre a tristeza e o riso, como se escondessem um pouco de comédia. Fiquei penalizada ao ler que o Michael Jackson morreu, porque a vida dele foi muito triste, eu imagino. Seus últimos dias foram de expectativa de voltar a um antigo tempo de sucesso perdido no horizonte. Ele não teve tempo para realizar seus sonhos, nem para pensar em Deus ou na sua vida eterna. Mas depois de poucas horas de sua morte, muitos CDs e DVDs sobre ele foram vendidos. Achei engraçado pensar que enquanto ele estava vivo as músicas não prestavam, mas agora que ele morreu, tudo é sucesso! Pra mim, isso é uma prova contundente da superficialidade e da hipocrisia do mundo em que nós vivemos...

E eu fico triste. Faz tempos que vivemos cansados. Que uma noite de sono não nos desperta para um dia animado. Encontramos pessoas tristes por onde quer que olhemos. Entramos num hospital para visitar pessoas que estão se aproximando da morte ao mesmo tempo em que, ao lado, nasce um bebê. E quando olhamos para esse neném, não é raro a gente pensar: Coitadinho, mal sabe o mundo em que está entrando...

As pessoas estão sempre reclamando de alguma coisa. Estamos sempre com frio, com calor, gripados, estressados, atrasados, cheios de trabalho, nervosos, com TPM, com pressão alta, com pressão baixa, com falta de ar, com alguma coisa no olho... Nunca temos dinheiro para nada e estamos sempre gastando mais. O mundo é um lugar de desânimo. Nós nos sentimos impotentes para fazer a diferença.

Por isso, tenho falado para Deus que estou cansada de ficar triste. Estou cansada de ver problemas na igreja ou nas lideranças. Estou cansada de pregar e parecer que não faz diferença. Estou cansada de chorar as pessoas que estão morrendo. Estou em busca de consolo. Estou ansiando por dias melhores. Estou desejando que Jesus volte logo ou que um avivamento real aconteça, no qual milagres na vida das pessoas, na economia, na política, na sociedade. Quero algo novo no mundo ou um mundo novo. Não importa como Deus o faça – o importante é que eu veja acontecer.

Então eu me deparo com o sonho de Isaías – sua visão de um futuro consolador. São palavras que Deus escreveu para mim, para você, para cada um de nós. Ele fala de uma visão de esperança. Uma visão que quero partilhar com vocês nesta noite.

Uma terra alegre

Isaías fala nos primeiros versículos deste capítulo que a terra toda estaria em flor no momento em que o consolo de Deus se manifestaria ao povo. Eu vejo isso quando estou em viagem, toda semana para Juiz de Fora. São duas horas que normalmente eu tenho só com Deus, para ir e depois duas horas para voltar. Na noite, a gente fica mais tenso e nem dá pra ver muito as belezas ao redor. Mas na ida, mesmo com o corre-corre do dia-a-dia, Deus tem me agraciado com visões consoladoras de beleza...

No caminho de Astolfo Dutra, eu vejo umas árvores de todas as cores... Agora, nesse tempo frio, mesmo assim há muitos ipês com um sem fim de flores cor-de-rosa. Outro dia, fiquei uns quarenta minutos parada porque eu fui pela estrada de Leopoldina. Enquanto eu ficava meio que preocupada por chegar atrasada à aula, as pessoas desciam de seus carros em busca do barulho de água forte que vinha até nós. Lá embaixo, uma cachoeira enorme. Os minutos passaram mais depressa. Um moço veio vendendo mexericas. Como estavam suculentas, bonitas e saborosas... Olhando aquele alaranjado tão bonito das frutas, eu agradeci a Deus. Pensei no quanto minhas filhas gostam dessa fruta. Louvei a Deus pela alegria de vê-las com saúde para comer o que querem. Pensamentos que alegraram minha tarde, visões de Deus que me deram consolo.

Então eu penso que mesmo com as tristezas da nossa vida, temos de aprender a nos alegrar. Mesmo tristes, temos de aprender a ser felizes. Porque um pensador chamado Teilhard de Chardin disse: “A alegria não é a ausência da dor, mas a presença de Deus”. Ele também disse: “Não vejo outra saída, senão seguir em frente”. Ele devia saber do que estava falando, porque ele sofreu bastante ao longo de sua vida, por causa de sua fé.

Corpos restaurados

Outra imagem do consolo de Deus está nos versículos 3-6: todas as limitações de nossos corpos físicos serão superadas. Seremos pessoas plenas em nossa humanidade, teremos saúde tanto física quanto emocional. Mãos e joelhos, que evocam o trabalho e o sustento corporal, serão restaurados. Corações desconsolados receberão a bênção de ter a certeza da presença de Deus.

Eu vejo este consolo de Deus um pouco ausente hoje de nossas expressões de fé. Falamos pouco sobre a vida futura e quando fazemos isso é negando a vida presente. Eu acredito na vida depois da morte, mas acredito na vida antes da morte também. Rubem Alves fala, num de seus livros, sobre a ressurreição do corpo, de como ele acredita nisso porque nossos corpos precisam ser redimidos de toda a dor que enfrentamos neste mundo. Mas eu creio também que Deus ressuscita nossos corpos quando nos leva além de nossas limitações. Eu vi na internet um vídeo de uma mãe que não tem braços e carrega seu bebê, faz compras sozinha no supermercado, cuida da casa, faz ginástica... Vi um homem que não tem as mãos e toca violão com os pés. Minha afilhada não pode ouvir, mas ninguém enxerga um mundo mais colorido do que ela, basta ver como são brilhantes e coloridos os quadros que ela pinta. Eu acho mesmo que ela enxerga os sons... Deus ressuscita nossos corpos quando nós não nos permitimos os limites que esta vida impõe a eles. A jovem paraplégica que é modelo, o cientista que depois de diagnosticado com uma doença degenerativa fez grandes descobertas sobre a astronomia. Deus ressuscitando corpos.

E mesmo quando as pessoas morrem. Como estamos vivendo dias de luto, eu penso que Deus ressuscita nossos corpos na saudade. Rubem Alves, o pensador que citei, escreveu: “É preciso não esquecer a saudade. É ela que faz toda a diferença. Deus mora na saudade, ali onde o amor e a ausência se encontram”. Quando alguém morre e nós não permitimos a Deus ressuscitar a esperança em nós, então morremos com aquela pessoa e a vida deixa de existir. Perdendo a vida, perdemos a alegria. Por isso é que, embora difícil, é importante a frase do ritual fúnebre que diz: “Há coisas a fazer, pessoas a cuidar, providências a tomar...”

Quem aprisiona o amor e nega a ausência jamais vai experimentar, em profundidade, qual ressuscitadora é a esperança que nasce da saudade! Jamais encontrará o consolo de Deus, porque só tem morte dentro de si e ainda não experimentou a vida...

Um novo caminho

O consolo de Deus aponta um novo caminho para a gente. Pra mim, esta é a parte onde entra a nossa tarefa para receber o consolo de Deus. De nada adianta um novo caminho se ninguém anda por ele. O caminho não é difícil. Até o doido anda por ele, diz o texto. Deus não escolhe somente uns e outros para este caminho de consolo. Mesmo quem não bate bem das ideias humanas pode entender as ideias de Deus! Não é preciso ser superdotado, é preciso apenas andar.

Não adianta pedir a Deus que nos console de nossas tristezas e dores se continuamos a andar no caminho das dores e tristezas. É como aquele burro que trabalhou no moinho a vida toda. Quando o tiraram do moinho, para uma vida livre na aposentadoria, o burro passava todo o dia andando em círculos no pasto. Tiraram o burro do moinho, mas não tiraram o moinho do burro... Não adiantam bênçãos novas se nossos olhos ainda estão embotados pelas lágrimas antigas.

Este novo caminho que Deus nos propõe, em Jesus, é um caminho seguro. Um caminho de canções de alegria. Tão altas essas canções, tão esfuziantes e vibrantes que a tristeza e o gemido fugirão diante delas. Se nos entregarmos demais à tristeza e ao abatimento, teremos esquecido como é estar alegre quando todos estiverem cantando.

sábado, 13 de junho de 2009

O que faria Jesus em meus passos?


Esse antigo título de livro fala muito ao coração da gente. Eu confesso que não o li. Preciso logo fazê-lo. Preciso ir atrás. Deve ser contundente, imagino. Vai me doer nos ossos. Mas preciso disso também. Meu esposo chegou de um curso de liderança ontem. Lendo a apostila dele rapidamente, acho tudo muito lindo e muito certo. Material farto e bom. Mas eu me sinto ligeiramente hipócrita. Como pastora e líder, sinto-me aflita. Não sei o que dizer, confesso minha ignorância. Tem um monte de coisas ali bem longe da nossa realidade como líderes. Não somos humildes. Não visamos ao serviço primeiro. Não queremos lavar os pés de ninguém. Queremos que lavem os nossos. Estamos sempre usando o discurso de que o servo de Deus tem que ter o melhor. Estamos, não raro, sufocando a Igreja com nossas exigências e demandas. Queremos o luxo "cinco estrelas". Jesus em nosso lugar não se "daria bem". Jesus, em nosso lugar, não diria: "Se o povo não der o dinheiro para nós, dará a outro pregador de televisão". Diria? Eu me sinto incomodada porque, apesar da escolaridade que tenho "demandar" um salário maior no mercado, muita gente na minha igreja local, que dá um duro danado, ganha muito menos do que eu por mês. Não é justo. Não é certo. Devíamos todos poder usufruir igualmente, porque servos de Deus somos todos nós. Uns mais do que outros, na verdade... Mas no fim do dia, o Patrão divino chama os seus empregados e paga o que ele quer, porque ele é quem pode fazer isso... E ele é generoso, ao contrário do Mercado, nosso deus do presente século...
Tem horas que eu me sinto tão só no meu discurso que parece que estou errada. Pergunto a Deus todos os dias se estou. Não teria vergonha de corrigir-me. Mas no fundo de minha alma, sinto que não. Porque pelo menos quando dialogo com meus irmãos e irmãs, eu sei que eles acreditam em mim porque estou com eles, no mesmo barco... Se saímos para algum lugar, não fico em hotel diferente do deles. Minhas demandas não são diferentes. Minha comida é a mesma.
E ainda assim, sinto-me triste. Fico perguntando a Deus se foi pra isso mesmo que ele me chamou, se estou sendo obediente à visão... Outro problema: que visão? Porque eu me sinto às vezes usando os óculos de outra pessoa. Pra quem é míope como eu, dá pra entender que não funciona... Será que o problema é a minha visão ou os óculos que querem que a gente use? Você liga a televisão e vê aqueles pregadores e fica se perguntando porque será que parece que o seu ministério é um completo fracasso. Aí você vai para um curso de fim de semana com seus membros, e dentre eles, 18 pessoas especiais que vão se tornar membros da Igreja no próximo domingo e mais uma boa quantidade de gente se preparando para o fim do mês. E é algo divino quando algum deles diz a você que sua vida, seu testemunho é algo marcante pra eles... Saber que Deus conta comigo e que minha vida influenciou nos passos dessa pessoa para ir ao céu é algo inusitado. Sinto medo de verdade! Sim, porque uma alma em suas mãos é como sair com um carregamento de ouro pela rua. É valioso, mas pesado. Emana responsabilidade.
E eu me lembro dos textos da apostila do meu marido, sobre líderes como Neemias, que se recusaram a comer o pão do governador, muito embora fosse seu direito. Ou como Daniel, que não comeu da mesa do Rei, como era seu direito. Eu me lembro de outras pessoas. Como Débora, que não ficou debaixo da Palmeira, sem ir à frente da guerra, como era seu direito. Ou como Rute, que não ficou em sua própria terra, como era seu direito. Ou como Maria, que não se recusou a carregar o filho de Deus sem estar na segurança do casamento, como era seu direito. Ou como Jesus, que não ficou no céu, como era seu direito...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

CULTO DA ESCOLA DOMINICAL

CONVIDO TODO MUNDO
PRA UM MOMENTO ESPECIAL
DOMINGO É O CULTO
DA ESCOLA DOMINICAL!
O POVO DE DEUS NÃO SABE
PORQUE TANTA COISA ESTÁ ERRADA?
É PORQUE NOS ESQUECEMOS
NAS VOLTAS DA VIDA, NA ESTRADA
QUE SEM CONHECIMENTO
A GENTE FICA NA MÃO
MAIS FORTES FICAREMOS
COM A PALAVRA NO CORAÇÃO!
Beijos! Abraços!
E até domingo, no Templo Metodista Central em Cataguases
A partir das 19 horas, culto da Escola Dominical!
Ooops! Primeiro você levanta cedo e vai à Escola, né, meu?!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Igreja Metodista em Cataguases – 115 anos de Vida e Missão

Pr. Otávio Júlio Torres

Igreja Metodista em Cataguases

Maio de 2009



Há 115 anos, em 09 de fevereiro de 1894, chegava à cidade de Cataguases o reverendo Felippe Relave de Carvalho e, com ele, a Igreja Metodista. Segundo José Carlos Barbosa, “a decisão de abrir trabalho metodista em Cataguases foi tomada na Conferência Distrital de Minas, realizada em Ubá entre os dias 11 a 13 de janeiro de 1894”. Mas é na data de 13 de maio de 1894 que se inaugura o salão de cultos em Cataguases, sob a direção do reverendo Felippe. Se intalava, definitivamente, o protestantismo na cidade de Cataguases, ainda que sob forte perseguição religiosa e social.

Após 115 anos de história em Cataguases, a Igreja Metodista realiza seu trabalho missionário a partir de seus templos em diversos bairros da cidade. O templo central fica na Avenida Astolfo Dutra, 320, centro. A igreja também está presente na cidade em outros seis bairros: Granjaria, à Av. João Inácio Peixoto, 348; Vila Reis, à rua Manoel de Almeida Costa, 239; Ibrahim Mendonça, à rua Manoel Barbosa, 212; Haidêe Fajardo, à rua Dr. Abílio César Novaes, 253-A; Ponte Alta, à Av. Sizenando Dutra de Siqueira, 771; e Leonardo, à rua Antônio de Souza Filho, 25. Ainda é responsável pela direção das igrejas metodistas presentes nas cidades de Miraí (Av. Presendente Médici, 350) e Itamarati de Minas (Rua Mariano Carioca, 28-A). Para servir a estas comunidades de fé, a Igreja Metodista é dirigida hoje por dois casais pastorais: Rev. Otávio Júlio Torres / Revda. Hideíde Brito Torres e Rev. Márcio Gropo Toledo / Revda. Elisandra de Oliveira Souza Toledo.

Os 115 anos de história da Igreja Metodista em Cataguases foram festejados na última semana de maio de 2009, sob o tema “Cumprindo a vontade de Deus nessa geração”(Atos 13.36). Do dia 26 ao dia 31 de maio, diversas atividades foram realizadas, com o objetivo de festejar e prestar gratidão à Deus, em Cristo Jesus, por mais um ano de vida, missão e serviço. As atividades missionárias que marcaram o metodismo cataguasense em 2009 foram: Domingo, dia 24 de maio – Culto de abertura pelos 115 anos (no Templo Central); Terça-feira, dia 26 de maio – Culto pela Família (no Templo Central); Quinta-feira, dia 28 de maio – Painel “A Igreja na linguagem de hoje: Desafios da evangelização e do testemunho na atualidade” (no Templo Central); Sexta-feira, dia 29 de maio - Filme “Prova de fogo” (no Templo Central); Sábado, dia 30 de maio – Celebração de aniversário na Praça Rui Barbosa, com diversas atividades sociais e culto, com pregação da Palavra e a presença da cantora Aline Novaes; Domingo, dia 31 de maio – Encerramento com culto de gratidão a Deus pelos 115 anos da presença da Igreja Metodista em Cataguases (no Templo Central). O Senhor e Salvador Jesus foi o anfitrião desta festa.

Por ocasião desta semana de atividades missionárias, que marcou os 115 anos da Igreja Metodista em Cataguases, Deus falou a todas as pessoas presentes pelo texto de Atos 13.36, desafiando o povo do Senhor a “cumprir a vontade de Deus nesta geração”, assim como Davi o fez no seu tempo.

Foram dias, realmente, de muita alegria, gratidão e, mais uma vez, de serviço ao Reino de Deus, sob o senhorio de Jesus Cristo. Parabéns a todos os membros da Igreja metodista em Cataguases. Toda honra, glória e louvor ao nosso Deus. Aleluia!!!

No ardor missionário desta mensagem, a Igreja Metodista em Cataguases reafirma sua fé em Deus, na continuação do seu serviço ao Reino de Deus. Somos uma Igreja que mantém o mesmo compromisso com a genuína pregação do Evangelho, no acolhimento de todas as pessoas que, sinceramente, desejam arrepender-se de seus pecados e confessar a Jesus Cristo, como único e suficiente salvador de suas vidas. Jesus ama você e a Igreja Metodista também. As portas das nossas comunidades estão sempre abertas à você e sua família. Venha servir ao Senhor conosco.

“A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2 Coríntios 13.14).

No princípio era o verbo

No princípio era o verbo:
a fala que gera a vida,
a voz que se faz ouvir
o som que permanece no ar.

No princípio era o verbo
e por isso nenhuma palavra emitida
podia voltar para ele vazia:
tinha de adjetivar-se
de substantivar-se
de pronominar-se
e predicar-se.

No princípio era o verbo
em busca de um sujeito
atrás de um complemento
apaixonado pelo adjunto adnominal
somente pela possibilidade do estar junto...

No princípio era o verbo
sem pleonasmo nem hipérbole.

Mas fomos colocando tanta coisa sobre o verbo,
conjecturando acerca do verbo
que ele ficou tão envolvido em palavras
e as frases nossas ficaram sem ação...

Frases sem verbo
Vidas sem verbo
Linguagem de pastiche
Corpo sem coração

E por isso às vezes falamos
e não temos mais voz
porque não temos mais verbo.

Talvez seja hora de repensar o discurso.
Melhor ainda: talvez seja hora de calar.
Deixe que o Verbo fale.
Porque no princípio, sem homilia nem exegese
Sem hermeneutica nem linha teológica
O verbo era Deus.

No Caminho, com Maiakóvski, Eduardo Alves da Costa


Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakóvski.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.

Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de me quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas manhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.

Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.

Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas ao tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.

E por temor eu me calo,
por temor aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Uma pergunta que me fizeram...

UM PESSOAL DA MINHA IGREJA PARTICIPOU DE UM CURSO NO QUAL FOI DITO QUE DE TRAS PRA FRENTE A MUSICA É SATANICA E TAL. NOVAMENTE AQUELAS BOBAGENS. UM MEMBRO FALOU ASSIM"PELO SIM, PELO NÃO , DEIXEI DE OUVIR". DISSE "PELO SIM, PELO NÃO, CONTINUO LOUVANDO E EVANGELIZANDO COM ESSA MÚSICA."GOSTARIA DE SABER A OPINIÃO DA PASTORA HIDEÍDE SOBRE O ASSUNTO. WALKIMAR GOMES

Prezado irmão e colega
Pr. Walkimar,
graça e paz!

O pr. Ronan encaminhou-me o seu post e eu fui dar uma olhada na internet a esse respeito porque, sinceramente, eu não tinha ouvido falar nada disso. Quanto ao fato de que essa música é tocada em baile funk, isso é verdade, pois diversos grupos não evangélicos a tem gravado, mas isso se deve ao sucesso que a música alcançou e para esses grupos o que importa é estar na onda, então eles cantam de tudo, pra agradar a gregos e troianos. E quanto a esta música específica, há um monte de sites trazendo um vídeo. Eu até consigo entender algumas coisas que eles dizem estar lá, mas será que na verdade não estou condicionada a ouvir porque estou lendo a letra embaixo, que me diz o que eu 'devo' encontrar lá?
Além disso, tem um monte de cantores evangélicos que estão com suas músicas tocadas de traz para a frente nesses sites. A mim, parece uma arte de satanás ao contrário: dizer que as coisas de Deus são suas é uma artimanha que ele usa há muito tempo, desde o Gênesis. E Jesus falou-nos que atribuir a Satanás algo que é de Deus é blasfemar contra o Espírito Santo (Marcos 3.29-30). Sobre isso, devemos ter cuidado. Ao mesmo tempo, sabemos que há joio no meio do trigo - que muita gente pode estar hoje se convertendo somente porque perdeu seu sucesso no mundo secular e quer agarrar outra fatia nos fiéis compradores e consumidores evangélicos, que gastam horrores com CD e que hoje ouvem muito mais músicas do que pregações e cuja leitura da Bíblia está sempre mediada pelo som do momento. Verdade? Sim, mas cabe a Deus e não a nós separar o joio do trigo (Mateus 13.13.36-42). Em última instância, se o Régis Danese for joio e não trigo, ele responderá a Deus. Até lá, como cristãos, devemos orar para que ele seja trigo em tudo o que fizer. E se nós, que entendemos ser crentes e consagrados, louvamos a Deus de coração entoando suas canções, nós as consagramos porque as recebemos e cantamos em ação de graça (1 Timóeo 4.1-6). Nenhuma música é boa ou má de si mesma, nem nada que existe neste mundo é do diabo, porque nada ele criou. Somente Deus é o dono de todas as coisas (Salmo 24). Mas o modo como as usamos pode determinar se elas são boas ou más para nossa vida. Uma música cuja letra incita às drogas ou à violência, ao adultério ou à prosmicuidade é má, obviamente, porque carrega valores estragados. Mas as notas musicais que a compõem ou o ritmo que seguem podem ser usadas de um modo ou de outro. Eu creio assim, muito embora ainda acrescente que certos tipos de música, a meu ver (como disse Paulo, falo eu, não o Senhor) não servem para a Igreja porque neste mundo onde estamos elas são usadas meramente como formas de consumo e a Igreja do Senhor deve ter o discernimento de perceber que não pode ser mercado de consumo, nem se deixar envolver pelo consumismo de nosso tempo. A "moda" é algo que pode ser perigoso para a Igreja, por tomar a forma pelo conteúdo.
Quanto à questão de algo ser ou não subliminar... Há muitas e sérias discussões acerca da mensagem subliminar. Estudos sobre isso estão presentes em desenhos animados, músicas, propagandas, rótulos de produtos. Segundo os entendidos, determinadas cores nos atraem a comprar mais, ou mensagens que o olho não consegue ver ou o ouvido ouvir, mas que o cérebro processa, etc. Não posso falar como médica ou psicóloga sobre isso, mas posso discorrer a partir da nossa fé. Eu creio em algumas coisas.
1) As pessoas andam se convertendo e assumindo ministérios na sequência, sem o preparo devido. Por isso, muitas vezes falam bobagens. Nesse ponto, acho que o erro da música no Zaqueu não está no fato dele subir (uma vez que é obvio que, sendo ele baixinho, teria de subir alto para ver alguma coisa. Comparar isso com o texto de Isaías é uma besteira muito grande, me perdoe quem o fez, porque o contexto é outro). Talvez eu questione o fato de o autor da música dizer que Zaqueu queria chamar a atenção de Jesus para ele, o que não é o caso... Música é poesia, a gente toma licenças poéticas. Acho que é o caso. Como Zaqueu, ele gostaria de superar suas dificuldades para estar perto de Jesus, só isso.
2) Nós, cristãos, andamos abrindo mão de tudo porque "é" do diabo, segundo alguns. Não se usam mais símbolos que sempre foram dos judeus e cristãos porque eles são do diabo. Isso aconteceu com a borboleta (símbolo da ressurreição); o arco-íris (símbolo da aliança com Deus), a própria cruz e outros... Até quando daremos a glória de Deus a outrem?
3) Nossa mente não pode ser contaminada pelo mal quando é realmente a mente de Cristo. Se a nossa fé é fraca, porém, qualquer coisa nos leva como ventos de doutrina. Se "o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra", então não poderemos ser atingidos pelas coisas das quais não temos consciência? Só podemos ser imputados diante de Deus pelos pecados dos quais temos ciência - por isso Deus nos concede o dom do discernimento. Ele nos guardará na entrada e na saída de nossa vida neste mundo (Salmo 121). E os que intentarem contra nós caírão, eles mesmos (Salmo 91).
Não sei se isso responde a tudo o que o irmão necessita e creio que não tenho todas as respostas pois há coisas tenebrosas neste mundo. Mas o Senhor é quem te guarda - e ele é bom no que faz. Entrego meus cuidados a ele e creio em sua proteção e sustento. E quando tenho dúvidas, entrego-me à confiança de que Deus pode fazer por mim o que não sei. E, em última instância, se essas pessoas não são sinceras no que fazem, faço como Paulo - pode haver mercenários entre nós, mas mesmo eles, sem saber, acabam dando a glória a Deus (2Coríntios 2.17), como diz o texto de Filipenses 1:15 a 18:Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, sem sinceridade, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias. Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei”.
No amor de Cristo,

O povo do coração aquecido

“O justo viverá pela fé” (Romanos 1:17, Habacuque 2:4, Gálatas 3:11, Hebreus 10.38) Uma experiência de mais de um dia John Wesley era um jov...