quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Uma pessoa pode fazer a diferença? (Palestra Escola Estadual Luis Salgado Lima, Leopoldina, MG)

Eu acho uma pena que os jovens de hoje em dia não queiram mais mudar o mundo. Eles só passam por ele, despercebidos, como alguém que está diante de um tesouro, mas não sabe o preço que ele tem. A vida é uma só, de certo modo. Eu sou cristã e pastora, creio na ressurreição, mas a vida eterna é diferente da temporal e, por causa da forma como eu creio, sei que aquilo que fazemos aqui tem repercussão direta em como viveremos lá. E eu não falo isso em termos de céu e inferno, como muitos podem pensar... Eu falo de intensidade e alegria de viver. Eu quero viver intensamente aqui e lá. Quero amar intensamente aqui e lá. Quero fazer diferença aqui, porque lá eu acho que não vai precisar fazer muita, não é? Assim eu creio (a não ser que eu não vá exatamente para onde espero ir... brincadeirinha...). Sim, suponho que um cristão deveria fazer diferença ainda que estivesse num inferno. E pra vida de muita gente, infelizmente, o inferno tem sido aqui. Então, temos uma oportunidade ímpar de mudar completamente a nossa vida, a vida do próximo, a vida de quem virá. Eu acredito nisso, porque, caso contrário, de nada adianta viver. Vida plena é vida compartida, retalhada, distribuída. Vida inteira porque partida, completa porque dividida, plena porque dá para todos viverem... Assim eu quero que seja a minha. Mas encontro um problema dentro de mim, que acho que o mesmo que os jovens vivem lá fora e os professores e professoras aqui hoje também vivem... Chama-se motivação... Gostaria de partilhar com vocês alguns elementos que são fundamentais para manter nossa motivação em alta e nos fazer sentir-nos capazes de fazer a diferença no mundo em geral e no desempenho de nosso trabalho em particular. A motivação tem a ver muito mais conosco mesmos, com a forma como olhamos nossa vida. Não podemos esperar que a motivação venha de fora. Podemos até usar muletas na vida, por exemplo, mas todos nós sabemos que o melhor é quando nossos ossos conseguem sustentar nossos corpos enquanto andamos aqui e lá!

Gere um ambiente motivador ao seu redor
Bill Hewllwtt, fundador da HP, empresa que produz artefatos de tecnologia, disse certa vez que "Homens e mulheres querem fazer um bom trabalho. E se lhes for dado o ambiente adequado, eles o farão". Ambiente não tem a ver com o melhor mobiliário, equipamentos de última geração, datashow e tudo o mais. Ambiente tem a ver com a forma como interagimos com o espaço à nossa volta. Temos vivido tempos em que os ambientes de trabalho são altamente competitivos. Como é que podemos fazer diferença se estamos sempre "correndo atrás do prejuízo"? Aliás, o certo seria dizer "correr atrás dos lucros", né? Quem é que quer prejuízo? Por que corremos atrás dele?
Um ambiente motivador é um ambiente de partilha e de acolhida. Dizem que nossa vida é como um banco, no qual fazemos retiradas e depósitos. Se a gente faz retirada demais da vida dos outros, ou seja, exige sempre, cobra demais, então o que acontece é que a conta daquela pessoa, emocionalmente falando, fica vazia. É preciso depositar. O ambiente de trabalho pode mudar muito pela forma como tratamos uns aos outros, e isso significa ir além do coleguismo de trabalho. Fazer depósitos conscientes. Os professores estavam em greve há um tempo atrás, querendo aumento de salário. É certo e justo, mas, honestamente, não é a forma como o governo nos trata que nos deixa mais indignados do que o quanto recebemos? Se o dinheiro vier como queremos, o problema não será resolvido a longo prazo. Daqui a pouco vamos começar a nos inquietar novamente, porque não se trata apenas de dinheiro. Queremos dignidade, respeito, atenção, queremos ser reconhecidos e valorizados. Isso não acontece. Ninguém quer ser professor porque sabe a dureza que é. Isso aumenta o nosso valor, aumenta o valor de vocês e pode ser, apesar da adversidade, um motivo de motivação... Vocês são lutadores, estão aqui porque também têm uma causa na qual acreditam. Há pessoas aqui que certamente já viram passar gerações de famílias por suas salas de aula e sentem um orgulho interno quando veem isso. Então façam depósitos nas contas uns dos outros. Transformem esta escola num refúgio para vocês, apesar dos problemas. Elogiem mais as iniciativas uns dos outros; não se ressintam quando alguém elogiar o outro perto de vocês. Reconheçam os esforços dos seus alunos de modo mais eficaz, não apenas quando fazem provas, mas quando demonstram o interesse, menor que seja, por aquilo que está sendo dito. Investindo nos outros, vocês vão transformar este ambiente, pouco a pouco, num espaço automotivador. É melhor ser feliz um pouquinho cada dia do que infeliz o tempo todo, não é?

Acredite nas suas escolhas
Frequentemente o mundo nos faz duvidar de nós mesmos... desistimos de projetos, de estudar mais, de conhecer mais, de viajar para um outro lugar que queríamos conhecer... desistimos de um amor, de uma família, de uma profissão porque não conseguimos nos ater a nossas escolhas. Se vocês consideram que ser professor é algo mais do que apenas uma profissão, se isso dá a vocês um raro senso de pertencimento a um projeto mais ambicioso, se vocês puderem, alguma vez na vida, acreditar que este espaço que vocês ocupam é especial de alguma forma, ainda que invisível aos olhos, então invistam na sua escolha. Sejam os melhores que puderem ser, da forma que puderem ser, por todo o tempo em que puderem ser. O mundo está cheio de gente medíocre. E nem todos são assalariados. Ganhar pouco, passar dificuldades, enfrentar crises com seus alunos, lutar contra pais que não estão nem aí para o que os filhos estão fazendo parece um desafio insuperável. Mas você está aqui para fazer diferença. Então faça. Um professor acomodado faz um aluno acomodado. Como era cruel eu levantar da minha casa de manhã para ir para a sala de aula e chegando lá me deparar com um professor com folhas amarelas, dando a mesma aula que dava há um século atrás! Até uma CDF como eu queria matar aula! Mas eu me lembro de uma professora da quinta série, lá na FIDE, em Itabira. Chamava-se Lalu. Bem, era o apelido dela, que eu não sei mais o nome. Era sempre Lalu... Pequenina ela - eu me espantava porque ela calçava 33! Com ela, eu tirei 100 em história! Pode isso? Ela acreditava nas aulas que dava. Fazia a gente viajar pro Egito, pra Grécia Antiga, pro tempo dos dinossauros. Ela acreditava. Então eu acreditava. Já estudei tanto depois disso e nunca encontrei alguém que me marcasse tanto como a Tia Lalu. Por causa dela, eu queria ser o Indiana Jones...

Mantenha-se firme ao seu compromisso
Estamos precisando reformular nosso mundo urgentemente. Essa cultura do descartável, além de poluir o planeta e as emoções da gente, vai acumular uma enormidade de lixo emocional e cultural, social, religioso, político e social na vida da gente. Se não gostamos de algo, mudamos de ideia. Um compromisso com a educação é como um compromisso com a fé. Ou é pra vida toda e pra toda a vida, ou não adianta nada. A gente não muda uma situação de um dia para o outro. Suzanna Wesley, mãe do fundador do Metodismo, dizia que era preciso ensinar uma criança até que ela aprendesse, não importava quantas tentativas fizesse. Se ela desistisse na 19ª tentativa e o resultado viesse na 20ª, todas as tentativas anteriores teriam sido jogadas fora. O resultado não é o da última tentativa, mas o conjunto de todas elas. Suzanna teve 19 filhos, então eu acredito que ela devia saber do que estava falando...
Você tem um compromisso consigo mesmo antes de ter com os outros. Como disse certo preletor, encha seu tanque cotidianamente. Não se esgote em si mesmo. Descubra formas de manter seu compromisso no foco. Distraia o coração com coisas que alimentem sua alma, mas não tire os olhos do foco. Faça de seu trabalho uma parte importante e válida da sua vida, não um fardo, um apêndice pra você. Renove suas esperanças. Se a aula hoje foi boa, alegre-se nisso! Se alguém subiu um pontinho na média, regozije-se com essa vitória. Nenhuma alegria é tão pequena que não valha a pena ser vivida. Não se preocupe com as conquistas, porque elas virão para aqueles que trabalham com os olhos no foco. Compromisso, de acordo com a definição do livro "O monge e o executivo" é ater-se às escolhas feitas. Só compromisso gera conquistas. E todo mundo quer conquistar coisas que permaneçam, que sejam lembradas quando não estivermos mais aqui. Não queira mudar o mundo de todas as pessoas. Mude uma pessoa de cada vez e mudará o mundo. Comece pelo seu próprio. A vida vale muito a pena. Pena que a gente só se dá conta disso quando é muito tarde... Comprometa-se de verdade com alguma coisa que você acha que vale a pena. Faça essa coisa realmente valer a pena. Seja feliz porque acredita que vale mesmo a pena. Empenhe-se, porque, afinal, vale a pena. Seja feliz...

E, por fim, seja bobo, seja boba, porque o bobo é que é feliz de verdade!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Emerson, estamos com saudades... a gente se vê daqui a pouco...

‎"Guarda, a que hora estamos da noite? Guarda, a que horas? Respondeu o guarda: Vem a manhã, e também a noite; se quereis perguntar, perguntai; voltai, vinde.” (Isaías 21.11-12). Tão triste é quando não se tem esperança. A noite é escura e quando o dia amanhece, com ele só vem a certeza de que em breve escurecerá de novo... Nenhum consolo perdura, nada de bom permanece. Estamos sujeitos ao acaso... Esse era o sentimento do povo num momento de opressão, guerra e dor... Mas o livro de Isaías termina com uma promessa que me consola: "Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão". (Isaías 65.17). EU CREIO NO AMOR DE DEUS, NA RESSURREIÇÃO DO CORPO E NA VIDA ETERNA. Amém!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A lagarta e a borboleta (uma história para o culto infantil), de minha autoria

Era uma vez uma lagarta que vivia no jardim de Deus. Ela era muito bonita, pois as lagartas têm muitas cores vibrantes e se destacam na multidão. Verdade que existe quem não goste delas, mas como Deus tem gosto pra tudo, tem muita gente que gosta... Existem até pessoas que passam a vida toda investigando a vida toda das lagartas... Pois é... Essa lagarta da minha história vivia feliz no jardim. Ele era grande, tinha flores e folhas de todo o jeito que as lagartas gostam. Se ela quisesse uma folhinha crocante, podia escolher uma no alto das flores mais alegres, que tivesse tomado bastante sol e estivesse mais torradinha... Se ela quisesse uma coisa mais tenra, poderia comer um brotinho oculto sob um caule, escondidinho do sol, verde como uma manhã de primavera... A lagarta era feliz. Mas ela tinha um problema. Um problema de gente humana.... Ela começou a pensar demais (isso não faz bem pra ninguém, especialmente se começamos a pensar bobagem! Pensamento é bom, mas pode ser perigoso... a gente tem que levar sempre para o lado bom, senão...) Pois a nossa lagartinha começou a pensar que ela talvez não fosse nem tão feliz, nem tão bonita... Ela olhou para si mesma e pensou: Meu Deus, estou muito gorducha... Preciso afinar minha cintura... mas onde mesmo fica a minha cintura? Ela olhou para aquele seu bando de perninhas, que a faziam deslizar gentilmente pelas folhas e começou a pensar que elas eram peludas demais, curtinhas demais... E nem ao menos ela tinha um aparelho de barbear velho para depilá-las!!! Alguém comentou que o tom de verde de sua pele estava meio pálido, e ela logo imaginou como seria maravilhoso ser como o camaleão da esquina, que estava sempre tão fashion...
Ela, que era feliz, começou a desfelicizar-se... pra quem não sabe, este é um terrível processo de entristecer-se! Alguém desfeliz não é apenas alguém triste, mas alguém que era feliz e agora não é mais! É uma perda terrível! O problema de desfelicizar-se é que a gente vai ficando menor... menor... Foi o que aconteceu à lagarta... Ela começou a se encolher e a enrolar-se. Deixou de olhar para cima, de ver o céu azul, as flores coloridas. Deixou de viver aventuras pelo jardim. Não se importava mais com nada, nem com o sabiá, de quem gostava de ouvir o canto. E em volta dela começou tudo a ficar mais seco, mais duro... Era um casulo surgindo. Ela nem percebeu que parou de conversar, de andar. Nem reparou que os amigos falavam e ela não conseguia ouvir. Ela até achou bom, porque, afinal de contas, não queria mesmo ver ninguém. Era bom que ninguém pudesse entrar no seu casulo de desfelicidade. Era melhor assim...
Mas o problema do casulo é esse. Ninguém pode entrar, mas a gente também não pode sair! Ela ficou presa lá dentro, com sua tristeza... Tem gente que entra nesses casulos e nunca mais sai. Morre sequinho de tristeza, de raiva, de falta de perdão. No seu casulo, fica com pena de si mesmo e esquece de todo o colorido que há no jardim que Deus fez para nós. Esquece que um dia já riu, já viu beija-flor, já cheirou uma rosa, já feriu o dedo no espinho (e sarou!). Acha que no casulo tudo vai ficar bem, mas quando percebe, está sozinho no escuro!
Um dia, nossa lagarta, porém, começou a ouvir o canto do amigo sabiá. O sol bateu no casulo e aqueceu, mas ela não podia ver os raios dourados, nem embebedar-se do dourado batendo suavemente nas folhas orvalhadas... Ela sentiu saudades de tudo o que tinha vivido. E quis sair... mas estava tão apertado!
A lagarta sentiu-se sem forças, mas, devagarzinho, continuou tentando... O Criador olhou do céu para a lagarta dentro de seu casulo. Ele entendera tudo o que ela tinha vivido. Ele compreendia sua solidão. Mas agora, era preciso que ela realmente quisesse se libertar. De nada adiantaria Ele apressar-Se e tirá-la, se ela, de si mesma, não se sentisse pronta para sair. Por isso, o Criador enviou um vento refrescante que bateu na folha acima do casulo. Uma gota de chuva escorreu, fria e revigorante, sobre o casulo. O Criador soprou sua força em torno da lagarta que se movia, devagar, devagar...
De repente, o casulo se rompeu! A lagarta esticou suas perninhas curtas e peludas... mas, oh! Não eram mais curtas, nem peludas, mas longas e finas... Ela remexeu o corpo gorducho, mas, que diferença! Havia uma cinturinha fina... E asas! Parecia maravilhoso poder ver o jardim de um ângulo tão diferente... Ela explorou um mundo novo de possibilidades e sentiu-se refelicizar-se por ter tido a coragem de sair do casulo e experimentar uma nova vida! O jardim era o mesmo, as folhas e flores eram as mesmas... o jardineiro era o mesmo. Mas ela estava diferente. E por ter mudado, tudo mudou!
Mas sabe o que mais me espanta em tudo isso? É que às vezes, as coisas ruins que acontecem em nossa vida podem nos fazer mudar. Tem gente que, como a lagarta, vira borboleta e sai do casulo. Tem gente que nunca sai. Tudo depende de como vemos as coisas difíceis da vida e como permitimos que o Criador nos ajude a enfrentá-las. A mudança até que foi boa para a lagarta. Talvez, necessária. Mas o Criador, em sua sabedoria, a amou desde o momento em que era lagarta. Ele a fez assim e a planejou. Havia um lugar para ela no jardim, como lagarta... Há vários jeitos de ser e de estar no mundo. Podemos mudar algumas vezes e isso pode ser maravilhoso. Mas não podemos nos esquecer de que o Criador, que lá de cima tudo vê e dentro de nosso coração tudo entende, nos ama do jeito que somos. Não precisamos sofrer ou entrar no casulo... Podemos viver grandes transformações sem que tenhamos de passar por grandes dores. Podemos aceitar o amor do Criador e viver intensamente a vida neste grande jardim que ele preparou.
Na verdade, somos mesmo suas largatinhas, seus vermezinhos (Isaías 41.14)... Mas ele sempre nos diz: Não tenha medo, eu te ajudo, eu te sustento na minha mão forte e segura... Confie em mim, eu amo muito, muito, muito você! Se acreditamos nisso, podemos viver de qualquer modo, em qualquer lugar, sob quaisquer circunstâncias e tudo sempre será maravilhoso. E um dia, ele, que faz novas todas as coisas, vai nos dar asas como borboletas para voarmos bem alto, para alcançar nossos sonhos... Ele pode fazer isso, acredite!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Liturgia do culto das crianças


Tema: É primavera... e Deus plantou um jardim...
Adoração
Acolhida (feita por dois adolescentes)
Leitor/a: Queremos que a graça e a paz de Deus sejam com todos vocês. Nós estamos alegres por estar na casa do nosso Pai e queremos fazer um culto a Ele tão bonito, com as cores da primavera que Ele faz para nós, todos os anos...
Leitor/a: Abra seu coração nesta noite, pois Jesus falou que somente aquele que se tornar como uma criança pode entrar no Reino de Deus.
Leitor/a: Queremos cantar, orar e louvar com nossas crianças, lembrando que o mundo começou quando Deus fez um jardim e depois vinha passear nele, junto com Adão e Eva, todas as tardes.
Leitor/a: Rubem Alves disse: “Eu acho que Deus, ao criar o universo, pensava numa única palavra: Jardim! Jardim é a imagem de beleza, harmonia, amor, felicidade. Se me fosse dado dizer uma última palavra, uma única palavra, Jardim seria a palavra que eu diria." Vamos louvar a Deus cantando um hino do Hinário que nos faz lembrar do Jardim:
Cântico: Jardim de Oração (Hinário...)
(Enquanto o hino é cantado, as crianças entram e vão colocando flores no altar, vasinhos e também brinquedos, representando suas ofertas a Deus)
Leitura Bíblica (por um/a adulto/a): Gênesis 2.4-17
Confissão
Leitor/a: Mas Deus continuou sonhando com seu Jardim. Rubem Alves escreve assim: “Percebi que a Bíblia Sagrada é um livro construído em torno de um jardim. Deus se cansou da imensidão dos céus e sonhou... Sonhou com um... jardim. Se estivesse feliz lá no céu, não teria se dado ao trabalho de plantar um jardim. A gente só cria quando aquilo que se tem não corresponde ao sonho. Todo ato de criação tem por objetivo realizar um sonho. E quando o sonho se realiza, vem a experiência de alegria. Nos textos de Gênesis está dito que, ao término do seu trabalho, Deus viu que tudo era muito bom. O mais alto sonho de Deus é um jardim.”
Leitor/a: Mas acontece que o ser humano desobedeceu ao mandamento de Deus. Tornou-se egoísta e, desta forma, destruiu a beleza do Jardim, deixou de apreciar a vida que Deus tinha lhe dado... Por isso há hoje crianças que estão abandonadas, sozinhas, que sofrem, que não podem brincar, que não têm família. Todos os dias, acontecem coisas que querem roubar a nossa alegria...
Teatro: Ladrão de alegria
Leitura (por um jovem): Zacarias 8.4-6
Leitura (por um juvenil): Isaías 11.6-9
Leitura (pelo/a pastor/a): Apocalipse 21.1-4
Leitor/a: Deus promete perdão e restauração para a vida de todas as pessoas. As crianças de nossa comunidade, de nossa cidade e do mundo inteiro são os frutos das promessas de Deus. E hoje elas vão proclamar o perdão de Deus sobre nós, dando-nos pequenos cartões floridos. (As crianças entram, vestidas de flores, abelhas e joaninhas, distribuindo cartões, enquanto passa no telão o vídeo “Somos um jardim” (Daniel de Souza) com fotos delas).
Louvor
Cântico das crianças (coord. Tia Jane)
Ministério de Louvor
Leitor/a: A primavera, com suas flores, alegria e cores, nos convida às atividades que fazem bem ao corpo e ao coração, como os esportes, por exemplo... E até nisso podemos louvar a Jesus, pela energia que Ele coloca nos corpos de nossas crianças, para sorrir, brincar, se divertir e prestar honra e louvor a Ele. Vamos acolher nossas crianças numa coreografia especial.
Coreografia infantil
Edificação
Mensagem: Pra. Hideide Brito Torres (A lagarta e a borboleta)
Coral
Bênção Final e Encerramento com oração especial pelas crianças

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Culto com Santa Ceia - 02/10/2011

As lembranças de Emaús (Lucas 24)
Introdução
Como os discípulos do caminho de Emaús, eu e você recebemos de Deus, um dia, um grande presente. Uma experiência que mudou nossa vida, um chamado que nos fez sentir-nos especiais, diferentes, privilegiados. Enchemos a boca para dizer que fomos feitos filhos de Deus. Mas agora, talvez o tempo esteja passando... talvez as coisas não tenham saído do jeito que planejamos... talvez nos acomodamos de tal modo a esta experiência que ela não toca mais nosso coração, não nos faz tremer de emoção... Talvez, embora não queiramos admitir, Deus decepcionou a gente. E muitos de nós, quando isso aconteceu, procuramos alternativas para nossa vida de espiritualidade.
Você sabe o significado da palavra “Emaús”? Significa águas termais, banho quente. Eu gosto de banhos quentes, especialmente quando estou cansada, triste, deprimida... Imagine que figura de linguagem interessante: os discípulos estavam em busca de conforto diante de seu sentimento de dor e desânimo. Eles queriam um banho quente, um conforto, uma palavra que os animasse, voltar para algum conforto que conhecessem antes... Mas o banho quente é só um paliativo na vida da gente... não dá conforto verdadeiro... Eu quero desafiar você a se colocar no lugar desses discípulos hoje, a rever sua vida com Jesus e reassumir os valores que Ele está te chamando hoje a reassumir, a revalorizar, a renovar... Lembre-se do que você já viveu com Jesus. Lembre-se do seu chamado... Lembre-se do quanto significou, num primeiro momento, ouvir sobre Deus e seu amor... como você se sentiu no dia em que o aceitou...

Lembre-se do que você já sentiu com Jesus
Quando será que Jesus chamou esses discípulos? Eu não sei. Mas vamos imaginar por um momento que, à semelhança de Mateus, de João, de Pedro... eles estavam trabalhando naquela hora. Jesus veio, com sua roupa de rabi, chamando os dois para segui-Lo. Eles conheciam os rituais judeus, sabiam que aquele era um grande momento de suas vidas... Então, o seguiram. Ele valia mais do que tudo. Era uma ideia revolucionária e fazia com que eles se sentissem capazes de mudar o mundo! Você já se sentiu capaz de mudar o mundo uma vez, lembra? Lembra-se de quantas vezes você orou fervorosamente, de quantas vezes já convidou entusiasticamente alguém para vir à igreja? Você se lembra de ter jejuado em busca de poder e não porque estava com algum problema? Mas em algum ponto do caminho, você perdeu de vista o Jesus vivo. Os discípulos de Emaús perderam de vista o Cristo vivo. Só viam o crucificado. Você só vê os problemas, as lutas, os desafios, as coisas das quais tem que abrir mão... Talvez você só veja os defeitos dos irmãos, da igreja, das pessoas... Você perdeu a fé nas instituições... ou seus problemas pessoais se avolumaram tanto que você só vê a cruz na sua frente... Lembre-se do que você já viu com Jesus: os milagres na vida da igreja, a alegria de uma oração respondida. Os discípulos tinham visto milagres, ouvido sermões poderosos, tinham se comovido em cultos e celebrações... E agora vem um desconhecido para falar com eles novamente e eles dizem: nosso coração estava ardendo... Deixe seu coração arder hoje de novo por Jesus... deixe que a emoção tome conta da sua vida lembrando de como foi que Jesus entrou no seu viver, de quanto amor você recebeu dele, de quanto você queria entregar sua vida no altar, com tudo o que você possuía, para servir a ele...

Lembre-se do que você ouviu de Jesus...
Os discípulos ouviram muitos sermões de Cristo, ensinos, parábolas... a voz de Jesus estava na mente deles e nos seus corações, mas o desânimo e o afastamento, a ida pras águas quentes de Emaús, era um amortecimento, uma moleza espiritual que ia tomando conta da vida deles. Assim acontece conosco... vamos amortecendo a alma e a palavra não aquece mais o coração, não arde nos ouvidos... Lembra aquela mensagem que tocou sua alma naquele dia? Lembra aquele cântico no qual Deus te falou tanto que você decidiu que dali pra frente tudo ia ser diferente, que você ia abandonar seus pecados, deixar tudo pra trás? Tente lembrar como era ler a Palavra naquele tempo... mas agora você anda sem tempo, corrido, aflito... os problemas da família tomam seu coração... Você não consegue mais ouvir direito a voz de Jesus porque você quase não ora, não medita, não toma tempo em oração... Quando a gente se afasta da pessoa, vai esquecendo tanto que até o rosto dela fica confuso na memória... Mas Jesus está aqui nesta noite, do seu lado... Ele está dizendo pra você: lembra? Lembra? Lembra das promessas da Bíblia? Lembra de como você se sentiu quando percebeu quão grande foi o esforço que eu fiz pra salvar sua vida? Eu vou fazer você lembrar da Palavra...

Lembre-se do que você viu de Jesus...
Jesus fez uma promessa pros discípulos, pra mim e pra você. Ele prometeu estar conosco, ele prometeu mandar o Espírito Santo, ele prometeu que ia voltar... Ele reuniu seus discípulos em torno da mesa e celebrou a ceia. Você não estava lá, como talvez os dois de Emaús estivessem... mas você já viu este gesto milhões de vezes. Muitas vezes já oramos e declaramos: Senhor, consagra no Teu altar os dons do pão e do vinho, a fim de que o pão que vamos comer seja a comunhão do teu corpo, o vinho que vamos beber seja a comunhão do Teu sangue... Consagra as dádivas do pão e do vinho para que, recebendo-os conforme a instituição de teu filho, sejamos participantes do corpo e do sangue... Você sabe e você já viu muitas vezes o ritual que nos lembra que Jesus tomou o pão, e tendo dado graças o partiu e disse: “Este é o meu corpo, é a minha carne, é a minha vida que eu dou por você. Ninguém me obrigou a isso. Eu dei porque eu quis, porque eu te amei.” E depois ele tomou o cálice e disse: “Eu estou fazendo um novo acordo, uma nova aliança, um pacto de amor com você. Eu empenho meu sangue nesta promessa. Eu morro por causa dela... Este é o meu sangue, derramado por você”. E ele disse mais: “Repitam este gesto... lembrem de mim!”

Conclusão

Deus não quer você vivendo nas águas quentes do conformismo de Emaús. Jesus quer te colocar na cidade da paz, que é Jerusalém. A nova Jerusalém, aquela que desce do céu. Quando os discípulos lembraram o que tinham ouvido, visto e sentido de Jesus, os olhos deles foram abertos. Abra os seus hoje! Abra seus olhos e coloque-os no foco da visão do Reino de Deus... Deixe tudo outra vez e siga a Jesus! Volte pra Jerusalém, o lugar da paz, da revelação, o lugar da descida do Espírito Santo... E só saia de Jerusalém para outro lugar quando o Espírito te mandar e não pra fugir de qualquer situação... Lembre-se de quem você é, você é um discípulo, um imitador do mestre! Lembre-se do seu chamado e coma hoje do pão e do cálice em memória não apenas de Jesus, mas em memória deste chamado renovado e ungido hoje na sua vida! Mude o rumo da sua história! Entre novamente na presença plena do Cristo ressuscitado! Lembre-se: você foi salvo para salvar... você foi transformado para transformar... remido para redimir... discipulado para discipular... servido hoje aqui, para sair servindo no mundo.

O povo do coração aquecido

“O justo viverá pela fé” (Romanos 1:17, Habacuque 2:4, Gálatas 3:11, Hebreus 10.38) Uma experiência de mais de um dia John Wesley era um jov...